Bela Escolinha de Skate
ANO DE REALIZAÇÃO – 2011
LOCAL: CARIACICA – ES
PARCERIAS: GERDAL X CDC
ESCOLA DE SKATE TRANSFORMOU A REALIDADE DE JOVENS NA COMUNIDADE DE BELA AURORA, EM CARIACICA – 2011
No ano de 2011, a comunidade de Bela Aurora, em Cariacica, foi palco de um projeto que deixou marcas positivas na vida de dezenas de crianças e adolescentes. A Escola de Skate, que funcionava numa quadra do bairro adaptada com obstáculos para a prática da modalidade street, movimentou a juventude e fortaleceu laços comunitários por meio do esporte.
Durante aquele período, os participantes não apenas aprenderam manobras e técnicas do skate, mas também desenvolveram valores como respeito, convivência e determinação. A pequena Amanda Araújo, de apenas 8 anos, se destacou como a única menina do grupo, enfrentando com coragem os estereótipos de gênero:
“Os meninos falavam que skate não era coisa de menina, mas eu dizia que era sim”, relembrou.
Outro destaque foi Gustavo Martins, de 11 anos, que naquela época sonhava em se tornar skatista profissional. Já o jovem Jefferson Campos, com 15 anos, servia de referência para os novatos, sempre disposto a ensinar e incentivar:
“Eles pediam para eu ensinar manobras. Evoluíam rápido”, comentou.
O projeto também contou com o apoio das famílias. A mãe de Guilherme Ferreira, que em apenas um mês de aula já se arriscava em rampas baixas, expressava seu orgulho:
“Ele só tinha 11 anos, mas não tinha medo de nada”, dizia Juliana de Jesus.
Além das aulas, o projeto promovia quinzenalmente sessões do Cineclube Aurora, com exibições de vídeos produzidos pelos próprios moradores. O metalúrgico Paulo Júnior foi um dos que participaram ativamente e contou como descobriu, durante as oficinas, a história do bairro e de seus primeiros moradores.
A iniciativa foi coordenada por Marcelinho Hip Hop, que na época destacou o impacto positivo da ação e informava sobre as aulas, realizadas às terças, quartas e sextas, das 19h às 21h30.
O representante comercial Vanderson Bogio, um dos articuladores do projeto, já sinalizava a intenção de garantir continuidade:
“Estávamos buscando parcerias para que o trabalho criasse raízes e continuasse transformando a comunidade”, disse.
A Central das Comunidades – CDC acompanhou e valorizou este projeto que mostrou, mais uma vez, como o esporte aliado à cultura pode transformar realidades, gerar oportunidades e resgatar a autoestima da juventude nas comunidades capixabas.
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